Já no primeiro fim de semana fui dar uma volta pelo interior de Abdon Batista. Eu tinha um Uno Mille, e com ele não tinha condições de fazer isso, porque as estradas do município são assoladas pelo maníaco do pedregulho. Nunca vi tantas pedras espalhadas, acredito que sejam as piores estradas de Santa Catarina. Com o Uno parecia que eu estava destruindo o carro a cada 100 metros. Já com o fusca, as estradas parecem ótimas. Ele simplesmente vai passando por elas como se fossem lisas e uniformes. Tive a oportunidade de andar com uma F1000 e posso jurar que o Fusca sente menos as imperfeições da estrada que a grande picape da Ford.
Fui com ele a caminhos que nem o pessoal daqui conhecia. Foi num desses ermos desconhecidos que ele ficou fraco e morreu, me deixando uma hora e meia no meio de uma ponte de madeira esperando que a bonina esfriasse.
Foi mais o menos por aí que a mulher e a família engrossaram o coro de que eu devia me livrar dele. Por um tempo eu me conformei com isso e cheguei a fazer placas de "VENDE-SE". Fui dirigindo ele até Florianópolis, onde o vendi ao meu pai, que queria um segundo carro. Fui com só três cilindros funcionando até lá, porque os cabos de velas estavam tão velhos que um deles não funcionava mais. Meu pai deu uma arrumada no platinado (que desregulou na viagem e me fez ir atrás de uma oficina) e nos cabos, mas me devolveu o carro depois de um mês, devido as reclamações constantes da minha mãe que não se conformava com "este carro velho atrapalhando aqui na garagem".
Na viagem de volta teve pneu que explodiu, gasolina que acabou, levei dez horas de Floripa até aqui. Mas aí eu já estava com uma ideia insipiente na cabeça. Vendo fotos na internet e conversando com o meu pai, comecei a ter vontade de transforma-lo num fusca estilo militar. Mas até que isso se torne realidade, muita coisa tem que ser feita...
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