Me mudei, por causa do meu emprego, para Abdon Batista, uma cidade de 2500 habitantes no interior de do Estado de Santa Catarina.
Vista da região central da cidade
Mais ou menos com um mês na cidade, caminhando na volta da missa, me deparei com um fusca amarelinho. Ele estava na frente de uma casa, com placas de vende-se. Situações como essas sempre me deixaram nervoso, pois nunca resisti a fuscas a venda. A diferença, dessa vez, é que provavelmente eu teria condições reais de comprá-lo.
Chamei o dono e conversamos bastante. Ele me deu toda a história do fusca. Disse que foi comprado em Campos Novos pelo fulano em 1973, que logo trouxe pra Abdon, e daqui o carro nunca saiu. O fulano vendeu em tal ano pro Tio Nilo, que depois de muitos anos morreu. O carro ficou uns anos com a viúva, que vendeu pro sicrano, que bateu a porta do motorista, que teve que ser trocada. O sicrano, depois de uns anos, vendeu pro Fausto, que retificou o motor. Deixou de ser 1300cc e passou a ser 1600cc. Isso foi agora em 2007 ou 2008. Depois o Fausto vendeu pro Miro, que era com quem eu conversava.
Pedi pra dar uma volta (só tinha andado de fusca uma vez, há muitos anos) e fiquei encantado. Impressionei-me com a macies da suspensão e do câmbio e com a leveza do volante. Fui até uma oficina, e o mecânico contou-me a mesma história do carro. Fui ao mercado, à minha casa, e todos sabiam que eu estava com o Fusca do Tio Nilo (com o tempo fiquei até famoso, por ser o dono do fusca do tal do Tio Nilo). Não tive mais dúvidas, voltei lá e fechei negócio com o homem.
Por enquanto, os meus planos se resumiam a dar umas voltinhas com o fusca pelas terríveis estradas pedregulhentas do interior do município. Por enquanto...
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