terça-feira, 5 de novembro de 2013

Problema de montagem

    Quando peguei as chaves na oficina pra trazer o carro para casa, o mecânico me avisou que os freios e a direção estariam meio duros, por terem sido colocadas muitas peças novas. Mas me garantiu que logo tudo se acertaria.
    Vim até em casa com muito ruído nas rodas dianteiras, e sabia que havia algo errado. No dia seguinte, fui até a oficina e foi constatado o erro: as rodas dianteiras foram montadas sem um limitador, uma espécie de ruela que impede o rolamento de sair do lugar adequado no eixo.
   
Esse erro destruiu os rolamentos, que tiveram que ser substituídos por novos.


    Com o problema resolvido, estou curtindo o fusca, que apesar de ainda não estar pronto, ficou uma beleza! Mais adiante vou falar do que ainda pretendo fazer nele.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O rei das estradas ruins

    Pra quem não conhece a Serra Catarinense, o terreno aqui é o mesmo famoso "terra roxa" do Paraná e do interior de São Paulo. Ou seja, quando chove vira uma lameira vermelha e liguenta praticamente impossível de se transpor sobre rodas. Por isso as estradas que ligam as comunidades do interior são constantemente atacadas pelo maníaco do pedregulho. As prefeituras fazem a "manutenção" dessas estradas espalhando pedras e mais pedras sobre a estrada. Estas pedras vão sendo enterradas pelos carros que passam, até que o maníaco ataque novamente com mais caçambas de pedras.
    Desta forma, cada quilômetro rodado sobre estas estradas causa muito sofrimento aos veículos e aos seus infelizes proprietários. Aqueles mais cuidadosos, que sentem dor nas chacoalhadas em que o painel parece soltar dos parafusos, costumam fazer médias próximas dos 20km/h, e olhe lá.
    Pois bem, daqui de casa até a oficina que fez o fusca, são mais ou menos 10km numa estrada dessas. Foi um ótimo teste para o fusca, com sua suspensão nova. Ele é incrivelmente macio e silencioso. Como foi todo desmontado e remontado, não bate mais quase nada. O barulho mais chato eu resolvi, que era proveniente do extintor de incêndios.

    Já andei nessas estradas com Uno Mille, Novo Uno, Gol, Fox, Montana, Corsa, Fiesta, Pálio e até com uma F1000, e posso garantir: não há carro nenhum melhor que o fusca para se andar por elas. Até aqueles caras que eu mencionei ali em cima, que sentem dor no chacoalho do painel, não precisam se preocupar, pois nem painel o fusca tem!

    Precisa passar constantemente por estradas terríveis? Compre um fusca!

domingo, 3 de novembro de 2013

Já está em casa!

    Após um ano de reforma, sendo 11 meses aqui em casa e 1 mês na oficina, finalmente o meu fusca militar está pronto!

    De todas as oficinas de chapeação das redondezas, resolvi levar o fusca na melhor, para que o serviço fosse de primeira. Sabia que isso teria o seu preço, mas resolvi pagá-lo para poder desfrutar depois da qualidade do carro.

    Só de peças da suspensão e do freio foram três páginas de recibo. Colocaram quase tudo novo. Na lataria, o serviço foi muito bom e caprichoso. Todo defeitinho foi corrigido, soldado e pintado. Ficou tudo na cor nova, por fora e por dentro. Pintaram tudo de preto em volta do motor e por baixo, no assoalho. Também pintaram de preto todos os ferros do conjunto de suspensão dianteiro.


    As rodas foram todas reformadas. Havia uma, por exemplo, que estava estragada na saída do bico de ar. Eles soldaram uma chapa nova no lugar e fizeram um furo novo do outro lado. Com a nova pintura preta, as rodas originais de cinco furos dele parecem novas.

    Que ficou bonito já deu pra ver, mas sobre a dirigibilidade eu falarei mais tarde.

    Até mais!

   

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Quase pegando o fusca!

    Estive hoje lá na oficina e quase que já consegui trazer o fusca pra casa! Toda a parte da lataria está pronta, e confesso que quando eu cheguei e vi ele lá estacionado, fiquei até emocionado! Seguem fotos de primeira mão:
    A cor ficou bem do jeito que eu queria. Para quem vai pintar e gostou da cor, a tinta foi a seguinte: esmalte sintético verde militar fosco. Ela me custou R$90,00 a lata de 3.6 litros. Foram necessárias duas latas.
    Só não pude trazê-lo porque além da pintura, eu aproveitei para trocar toda a suspensão e os freios, e isso ainda não estava concluído. Ainda não sei quanto vai me custar tudo isso, mas tenho certeza que vai ter valido a pena!

    O próximo post será com fotos dele aqui em casa, se Deus quiser!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tinta escolhida

    Eu sei exatamente como eu quero que o fusca fique, mas não fazia ideia de que tinta comprar ou que técnica usar pra chegar ao resultado esperado. Como não entendo nada de tintas, pesquisei muito na internet e conversei com chapeadores pra saber como é que eu faria pra comprar a tinta certa. Mas foi conversando com um especialista, vendedor de uma loja de tintas automotivas, que eu decidi.
Achei este fusca a venda na internet - quero que o meu fique como esse
    O que o cara me disse foi o seguinte: eu não precisaria do primer, porque o carro já é pintado. Segundo ele, a tinta original lixada já faz o papel do primer, que só seria necessário para não aplicar a tinta sobre a lata nua. E me disse que o esmalte sintético faria o efeito que eu espero. Pelo que eu pude aprender nas minhas pesquisas, existem basicamente dois tipos de tintas automotivas: o esmalte sintético e a PU (lê-se "pe-u"). Os carros antigos eram pintados com esmalte, que é menos durável e brilhoso. O PU é a tinta moderna, bem mais cara, durável, resistente a riscos e intempéries, e mais brilhosa. Ainda segundo o vendedor, eu não deveria passar o tal "verniz fosqueador". Segundo ele, este verniz serviria no caso da tinta PU, mas no caso do esmalte ele só estragaria tudo, pois a tinta descascaria mais facilmente. O que eu precisava era de um esmalte sintético verde-militar fosco. O efeito fosqueador se consegue adicionando um componente químico na tinta.

    A questão da durabilidade é bem relativa. Isso porque o fusca já está com 40 anos de idade e ainda tinha a pintura original amarela, feita em esmalte sintético. Ou seja, se a minha pintura verde militar durar metade disso já está mais do que bom. 
    Conversando com o chapeador na oficina, acabamos decidindo aplicar o primer, para que o serviço fique mais bem acabado. Ele fez um teste pra que eu tivesse certeza de que o resultado seria conforme o que eu esperava, pra não ter nenhuma surpresa depois do carro pintado (foto acima). A tinta vai ser essa mesma. Eu compre na cidade de Lages, SC, uma lata de 3,6l por R$ 89,90. É provável que ele precise de pelo menos outros 2 litros pra terminar o serviço.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Orçamento da oficina

    Se eu fizesse tudo aqui em casa, teria a vantagem da economia, pois gastaria apenas com os materiais, como tintas, lixas, diluentes, etc. Além do uso de ferramentas e do compressor, que no meu caso eu consegui emprestado (foto abaixo). As desvantagens seriam algumas, principalmente a má qualidade e a demora pra acabar o serviço.
     Colocando na oficina, eu ganho muito tempo (já estava há quase um ano com o carro aqui em casa, agora devo tê-lo pronto em menos de um mês), e principalmente qualidade. Aqui eu pintaria por cima dos defeitos. Esconderia vidros, borrachas e demais detalhes difíceis de retirar com fitas e jornais, pra preparar pra pintura. Lá o chapeador retirou tudo, lixou o carro todo, arrumou os defeitinhos nos cantos, soldou, passou massa, corrigiu amaçadinhos na lataria e nos para-lamas, acabou com uma folguinha na dobradiça da porta, enfim, é outra história.
    Consigo elencar duas desvantagens principais: A primeira é que não tem a mesma graça. Eu ficaria bem mais orgulhoso e seria muito mais legal se eu tivesse conseguido fazer o carro na minha garagem. Poderia falar pra todo mundo que "fui eu que fiz". E a outra é o preço. 
    Após muita pesquisa no boca-a-boca, decidi levar o carro para uma oficina no município de Anita Garibaldi, no meio-oeste catarinense. Levei lá sabendo que cobravam caro, mas que o serviço é de primeira. Acredito que no fim das contas eles me entregarão o carro pronto por algo em torno de R$ 3.000,00. É o preço que se paga pela qualidade e comodidade! E é justo, porque se eu fosse fazer esse serviço pra alguém, cobraria até mais que isso!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Viravolta - o Fusca foi pra oficina!

    Todos falavam que eu não conseguiria pintar o fusca sozinho aqui em casa. O único que acreditava em mim era o meu pai. Pois sinto decepcioná-lo papai, mas desisti! O pessoal estava certo, por mais que o teimoso aqui achasse o contrário.



    Trocar a cor de um carro, mesmo de uma carroça simples como o Fusca, é uma tarefa homérica para leigos. Coisas simples para profissionais tornam-se problemas enormes para quem não tem experiência, equipamentos e paciência, como eu.



    Depois de um domingo de esforço pra lixar os quatro para-lamas, eu vi que não conseguiria lidar com pequenos amaçados e estragados nos cantinhos. Eu não sei usar soldas e massas, por isso teria que pintar por cima dos defeitos. Demorou a cair a ficha, mas finalmente percebi que se eu quisesse ir adiante com esse projeto, teria que me conformar com um resultado final de padrão muito baixo. Falando no popular, eu faria um baita de um serviço porco.



    Mas como todo bom teimoso, eu não desisti do projeto, simplesmente mudei as metodologias... Resolvi colocar o carro numa oficina e pagar pra que profissionais façam o serviço para mim.

    Mais adiante escreverei sobre mais detalhes. Até mais!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pneus novos

    Assim como o ritmo de atualizações do blog, a reforma do fusca segue a passos de tartaruga. Enquanto não arranjo tempo e disposição para meter a mão na massa de verdade, procurei e comprei pneus novos para ele. O projeto em que me baseio (foto abaixo) aparentemente usa rodas de jipe Willys aro 16.


    Ficou muito legal nele, mas fazer isso no meu implicaria uma série de poréns. O primeiro é o preço das rodas, que encontrei no Mercado Livre por R$100,00 cada. Depois o dos pneus, que nem cheguei a ver, mas seriam bem caros com certeza. O fusca da foto também teve a suspensão alterada e está visivelmente mais alta que o normal. Isso teve que ser feito para que as rodas coubessem no pára-lamas. Esse tipo de modificação está, pelo menos no momento, fora dos meus planos.



    As rodas que tenho hoje são as originais de 1973, aro 15, os pneus são (bem mal) recapados e já estão muito velhos e carecas (foto acima). Fui atrás de pneus que pudessem ser usados nessas mesmas rodas que eu tenho, só que fossem mais condizentes com o tipo de carro que eu quero, tipo um jipinho militar. E não é que encontrei? Acabei comprando pneus da marca brasileira Maggion (pelo que pesquisei, a única marca que ainda fabrica pneus para o aro 15 do Fusca), que tem sede em São Paulo. Não instalei ainda, mas os pneus devem ficar muito legais depois do carro reformado, pois parecem mesmo aqueles modelos de pneu dos jipes Willys da segunda guerra mundial (foto abaixo)



    Pesquisei bastante e eles são mais caros do que eu esperava (como todo pneu no Brasil). O lugar em que encontrei mais barato foi no site "http://atacadodepneus.com.br". Lá a unidade sai por R$168,60. Assim, o gasto com pneus foi considerável:
4 pneus 5.60 - 15 Maggion Militar = R$674,40
Frete para o CEP 89636000 =         R$100,00
                                Total =          R$774,00
    Pretendo agora dar um jato de areia nas rodas, para poder pintá-las. Não decidi ainda se as pintarei de preto fosco ou de verde-musgo (da cor do carro). Acho que vou fazer todo o carro primeiro, pra só então ter uma ideia de com qual cor ficará melhor. Até mais!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desmontando a lataria

      

    Está chegando a hora da pintura! Para não fazer um serviço porco demais, é preciso dar uma desmontada ao menos básica no carro. Os meus primeiros passos foram desmontar os pára-choques e os pára-lamas. Fazendo isso, é possível limpar e lixar melhor a lataria, preparando-a de forma melhor para a pintura. Mas isso não foi tão fácil quanto pensei que seria.



    Comecei o serviço retirando os pára-choques. Eles ficam parafusados no chassi (conforme foto acima), por baixo dos pára-lamas. Como eles passam por dentro dos pára-lamas, é obrigatório retirá-los primeiro. Só que retirar parafusos que estão ali há 40 anos não é uma tarefa simples. Foi na base de muito suor, desengripante e marteladas. Mas por fim saíram os pára-choques, e aí veio a dificuldade de verdade. No primeiro parafuso que fui retirar do pára-lamas, começou a dor de cabeça.


   
    Comecei pelo parafuso de baixo da caixa de ar (foto acima). E foi justamente ele que mais me incomodou. Todos os parafusos do pára-lama são parafusados diretamente na lataria, mas existem saliências soldadas na lataria, e são nessas saliências que os parafusos conseguem aperto. Essas saliências ficam pelo lado de dentro. É possível vê-las por dentro do capô, só que elas vão descendo até embaixo, lá no fundo da caixa de ar, onde não é possível chegar com as mãos. As famigeradas caixas de ar dos fuscas costumam estar sempre podres, e a do meu até que está bem boa. Mas essas saliência enferrujada estourou com as minhas marteladas na chave de boca, e começou a girar junto com o parafuso. Ficou como uma porca girando junto com o parafuso, e fiquei quase uma hora batalhando com alicates e chaves, fazendo malabarismos para enfiar a mão lá no fundo da caixa de ar, segurar a porca com o alicate e girar a cabeça do parafuso, pelo lado de fora, com a chave de boca. Desisti quando tinha dois dedos e as costas da mão direita sangrando.



    Fui tirando os outros parafusos um a um, sempre com dificuldade. Mas há um que impossível de ser retirado sem a chave correta. Não há espaço para girar uma chave como a minha, que é uma chave de boca simples (acima, à esquerda). Para retirar esse parafuso, se precisa de uma chave em "L", como a da foto acima, à direita. Como já haviam se passado algumas horas e eu já estava exausto e frustado pelo meu fracasso, deixei o carro apenas com dois parafusos em cada pára-lama e no dia seguinte fui dirigindo até a oficina mais próxima.



   Lá o mecânico serrou com uma maquininha elétrica o parafuso que girava com a porca e retirou com a chave em "L" aqueles dois parafusos impossíveis que tanto me empombaram. Fez isso nuns poucos minutinhos. Sempre me lembro do meu pai, que me disse uma vez: "Não há nada como se ter as ferramentas certas".



    Mas o que importa é que os pára-lamas estão desmontados e prontos para ser lixados. Fiquei muito contente com a integridade deles e da lataria interna do fusca. Entre os pára-lamas e a lataria, há uma borracha que fica esmagada. Depois de quarenta anos de infiltração entre as peças, imaginei que ao retirar tudo veria buracos de ferrugem e podridão mas, pelo contrário, as latas estão ótimas, bem sãs. Isso foi um bom sinal.



    Vir dirigindo com ele neste estado pelos 13km da oficina até a minha casa foram uma diversão a parte. Via todos olhando e apontando, enquanto caiam na gargalhada. Ainda bem que nenhum policial me viu, pois poderia não achar tanta graça!

    Até o próximo post!

terça-feira, 26 de março de 2013

Ajeitando o interior

    Com o assoalho e o motor arrumados, resolvi arrumar o interior do Fusca, que estava muito feio. Estruturalmente estava tudo em ordem, mas a aparência e os acabamentos estavam horríveis. Não adianta ter um carro mecanicamente bom, mas que aparentemente dá uma tristeza só de olhar.
    


    A forração tipo "carrapatinho" original estava toda rasgada, (foto acima), e a  maior parte da lataria era visível, assim como toda aquela ferrugem alaranjada que dava um toque especial na aparência de lata velha. Haviam carpetes de borracha parcialmente destruídos jogados sobre a lata do assoalho. O forro das portas também não ajudava, estando todo ondulado, cheio de rasgos e orelhas de gato, como folhas de um caderno usado (foto abaixo).



    O forro do teto também estava lastimável, com rasgos aqui e ali. Apesar de tudo isso os bancos, principalmente os traseiros, até que estavam em boas condições. Sendo assim, fui às compras. 
    
    O site de compras Mercado Livre foi um grande aliado. Comprei quase tudo ali, de diversos vendedores. Esse "quase tudo" consiste em forro para as duas portas, carpete inteiriço pra calçar o assoalho inteiro, jogo de carpetes de borracha e forro pro teto. Comprei no bom site da Jocar um console central e os grampos que vou usar pra prender o forro nas portas. Seguem as fotos desses produtos:







    Seguem os preços que paguei (sem o frete):
Forro para as portas (par)= R$36,89
Carpete moldado= R$189,00
Forração de teto e colunas= R$80,00
Console central= R$22,90
Grampos pro forro da porta= R$15,00 (editado)
Jogo de carpetes de borracha= R$50,00
Total=    R$393,79 (editado)

    Comprei aqui na cidade vizinha de Campos Novos, numa loja de tintas automotivas, uma "massa anti-ruído" preta e uma lata de "cola universal", por R$11,00 e R$9,00, respectivamente. A massa é para pintar o assoalho inteiro antes de colocar o carpete inteiriço moldado, e a cola é para fixá-lo. Mas isso tudo eu ainda tenho que fazer. Não instalei nada ainda, pois pretendo pintar o carro primeiro. Estou bem agoniado, mas só poderei instalar tudo depois do carro estar pintadinho.

    Até o próximo post, com a continuação dessa saga!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Problemas no assoalho

    Apesar de estar com a lataria em bom estado (para os padrões de um carro com 40 anos de uso), descobri que haviam dois problemas com o assoalho.

O fusca no dia em que eu o comprei

    Um dos problemas era o trilho direito do banco do motorista. Talvez por conta do tamanho do antigo dono (dizem que era um baita de um homem), o trilho acabou descolando do assoalho na parte de trás. Assim, toda vez que eu freava mais bruscamente o banco inclinava-se para frente, deixando um buraco aberto no assoalho. O outro problema eram buracos bem consideráveis no assoalho traseiro direito, onde fica acomodada a bateria dos fuscas. O restante do assoalho está em condições muito boas.

    Fiz várias pesquisas e quase comprei dois assoalhos novos no Mercado Livre. Lá eles são encontrados por preços que variam dos R$120,00 até mais de R$200,00 a peça (o assoalho do fusca é composto por duas peças). Um site bom é o http://www.jocar.com.br, lá tem muita coisa pra fuscas, inclusive uma grande variedade de assoalhos inteiros e pedaços menores, que servem para pequenos remendos.



    Nas pesquisas fiquei sabendo que os fuscas 72 e 73 são os que possuem a melhor lataria entre todos os fabricados. Me disseram que, a não ser que o assoalho estivesse muito ruim, não valeria a pena investir em novos, pois os novos durariam menos que os velhos reformados.

    Então assim fiz: o levei a uma pequena oficina aqui de Abdon, e pedi ao mecânico para soldar o trilho e remendar os buracos do assoalho. Ele fez isso em uma tarde, encheu de tinta emborrachada e cobrou R$40,00 pelo serviço, que ficou muito bom e resolveu os meus problemas com o assoalho.

    Agora já tenho o motor e o assoalho prontos, mas ainda falta muita coisa...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Definindo um projeto

    Tem uma foto na internet que será o meu norte neste projeto. É mais ou menos assim que quero que o fusca fique. O nível de fidelidade dependerá da vontade, da capacidade técnica e, sobretudo, do $$$.


    A primeira coisa que fiz foi deixar o motor mais confiável. Para isso criei coragem a gastei R$300,00 num kit de ignição eletrônica. Comprei no Mercado Livre, que tem dezenas de opções de kits e vendedores. O Mercado Livre, aliás, será um grande amigo meu até o final desse projeto.



    Esse kit é muito interessante porque acaba com a famigerada dupla "platinado/condensador". O platinado manda 13000 volts para as velas faiscarem, através de um movimento mecânico, o que faz com que ele viva desregulando e incomodando. Já a ignição eletrônica possui uma central eletrônica que manda 43000 volts e não desregula, garantindo uma melhor queima do combustível e uma maior confiabilidade. Tive que mudar também os cabos e as velas, que são específicos pra funcionar com o kit. Essas peças eu comprei na oficina em que levei o fusca para a instalação. Saíram por R$100,00, já instaladas com kit e tudo.



    Depois de instalado o kit, a carro melhorou muito. Foi bem perceptível o ganho de força do motor, que parou de afogar e engasgar quando se pisa fundo no acelerador. Agora dá pra fazer passeios se preocupando menos com a possibilidade de ser deixado na mão. Com o motorzão de 1600cc e esta ignição eletrônica, pelo menos por enquanto não acho que vou me incomodar tão cedo com o motor. É hora de se concentrar em outros pontos...

Curtindo o fusca

    

    Já no primeiro fim de semana fui dar uma volta pelo interior de Abdon Batista. Eu tinha um Uno Mille, e com ele não tinha condições de fazer isso, porque as estradas do município são assoladas pelo maníaco do pedregulho. Nunca vi tantas pedras espalhadas, acredito que sejam as piores estradas de Santa Catarina. Com o Uno parecia que eu estava destruindo o carro a cada 100 metros. Já com o fusca, as estradas parecem ótimas. Ele simplesmente vai passando por elas como se fossem lisas e uniformes. Tive a oportunidade de andar com uma F1000 e posso jurar que o Fusca sente menos as imperfeições da estrada que a grande picape da Ford.



    Fui com ele a caminhos que nem o pessoal daqui conhecia. Foi num desses ermos desconhecidos que ele ficou fraco e morreu, me deixando uma hora e meia no meio de uma ponte de madeira esperando que a bonina esfriasse.




    Foi mais o menos por aí que a mulher e a família engrossaram o coro de que eu devia me livrar dele. Por um tempo eu me conformei com isso e cheguei a fazer placas de "VENDE-SE". Fui dirigindo ele até Florianópolis, onde o vendi ao meu pai, que queria um segundo carro. Fui com só três cilindros funcionando até lá, porque os cabos de velas estavam tão velhos que um deles não funcionava mais. Meu pai deu uma arrumada no platinado (que desregulou na viagem e me fez ir atrás de uma oficina) e nos cabos, mas me devolveu o carro depois de um mês, devido as reclamações constantes da minha mãe que não se conformava com "este carro velho atrapalhando aqui na garagem".



    Na viagem de volta teve pneu que explodiu, gasolina que acabou, levei dez horas de Floripa até aqui. Mas aí eu já estava com uma ideia insipiente na cabeça. Vendo fotos na internet e conversando com o meu pai, comecei a ter vontade de transforma-lo num fusca estilo militar. Mas até que isso se torne realidade, muita coisa tem que ser feita...

terça-feira, 19 de março de 2013

Comprei um fusca!

    Me mudei, por causa do meu emprego, para Abdon Batista, uma cidade de 2500 habitantes no interior de do Estado de Santa Catarina. 
   
Vista da região central da cidade
   
    Mais ou menos com um mês na cidade, caminhando na volta da missa, me deparei com um fusca amarelinho. Ele estava na frente de uma casa, com placas de vende-se. Situações como essas sempre me deixaram nervoso, pois nunca resisti a fuscas a venda. A diferença, dessa vez, é que provavelmente eu teria condições reais de comprá-lo. 



    Chamei o dono e conversamos bastante. Ele me deu toda a história do fusca. Disse que foi comprado em Campos Novos pelo fulano em 1973, que logo trouxe pra Abdon, e daqui o carro nunca saiu. O fulano vendeu em tal ano pro Tio Nilo, que depois de muitos anos morreu. O carro ficou uns anos com a viúva, que vendeu pro sicrano, que bateu a porta do motorista, que teve que ser trocada. O sicrano, depois de uns anos, vendeu pro Fausto, que retificou o motor. Deixou de ser 1300cc e passou a ser 1600cc. Isso foi agora em 2007 ou 2008. Depois o Fausto vendeu pro Miro, que era com quem eu conversava.



    Pedi pra dar uma volta (só tinha andado de fusca uma vez, há muitos anos) e fiquei encantado. Impressionei-me com a macies da suspensão e do câmbio e com a leveza do volante. Fui até uma oficina, e o mecânico contou-me a mesma história do carro. Fui ao mercado, à minha casa, e todos sabiam que eu estava com o Fusca do Tio Nilo (com o tempo fiquei até famoso, por ser o dono do fusca do tal do Tio Nilo). Não tive mais dúvidas, voltei lá e fechei negócio com o homem.

    Por enquanto, os meus planos se resumiam a dar umas voltinhas com o fusca pelas terríveis estradas pedregulhentas do interior do município. Por enquanto...